Yuri Cronicles Parte-1 - Um mal necessário
12 Jan 2022Janilsonline
Que o universo é vivo como um complexo organismo humano eu não tenho duvida e se move tão rapido quanto a luz, suas mudanças são tão frias quanto o tempo e este pode fazer sumir até nosso bem mais precioso: As lembranças. Minha mãe e meu pai que o digam em seu discanso selestial. Por muito tempo eles como representantes do passado carregaram a verdade sobre tudo o que temos hoje e que nos mantem vivos... Dizem que foi tudo graças a um artefato encontrado no ano terrestre de 1999, num lugar ja esquecido por muitos, chamado Antartida, bem em um dos polos do planeta Terra, Lugar considerado berço da humanidade e que tanto se ver nas atuais fabulas e desenhos infantis que costumam falar dos lagartos gigantes chamados de dinossauros.
Não acredito bem nisso, pois tambem há um boato de que tudo que nós sofremos e sofreremos nessa vida é porque algo foi roubado de onde não deveria ter sido encontrado.
Minha mãe de criação me contou depois da pergunta que fiz aos quatorze anos de idade, sobre porque a humanidade passou mais de 2000 anos dentro de um único planeta e de repente se espalhou por toda a galaxia em menos tempo.
Assustou-se a velha senhora franzindo a testa por não esperar uma pergunta tão estranha.
- Talvez não possa responder exatamente como deveria, mas conheci seus pais e pela memoria deles vou fazer o possível para lhe fazer entender. -Falou a minha madrasta:
-"Há uma palavra que define uma raça inteligente, como a raça humana. Algo notável em sua característica: Exploradores!!!.
É como nós somos e isso nos define, por isso não ficamos nunca satisfeitos... Por isso arriscamos tudo pelo desconhecido"...
-Uma luz azul e brilhante asoitou o meu rosto me fazendo abrir os olhos de repente devido ao encontro acidental do casco de uma nave kelback com escudo de uma nave da Falcon Delacy que pairava silenciosamente na fila de entrada da Estação Wakata. Com a pancada, a pequena "Cobra" acabou girando grosseiramente na minha frente a ums 200 metros de distancia e perdeu seus escudos".
Emquanto descansava na confortável e firme poltrona da sua Imperial Cutter de carga, Yuri foi interrompida dos seus pensamentos, sendo trazida de volta a realidade de uma intediante missão de entrega para esquadra.
-Onde esses pilotos estão comprando as licenças? - Pensou Yuri observando de longe, a trapalhada dos pilotos.
-Ai estou eu aqui, de volta para pegar mais um carregamento...
- Não é só você que está sendo obrigada a isso Yuri, todos estão intediados com essa tarefa de entrega especial, da qual não podemos entregar tudo de uma vez. - Pensou Yuri em voz alta quando fazia a solicitação de docagem.
-Ao menos é por uma causa justa e benefício de toda a humanidade. Isso se as armas a serem desenvolvidas com ajuda dessa campanha não forem entregues em vão...
-Só mais essa arma...
-Enquanto o sistema desligava os controles principais da nave para a docagem automática Yuri apanhava uma garrafinha de suco de mangas Nuenetianas de dentro do compartimento do refrigerador de bebidas , as mangas eram uma das frutas favoritas dela e só podiam ser encontradas num planeta do sistema Nuenetes.
- Claro que minha madrasta dona Marta não esperava que uma criança de 14 anos entendesse perfeitamente aquelas informações, mas ela tentou por saber que apesar de ser uma garotinha na época, eu me esforçaria para tentar entender.
Mas agora entendo... Assim como meus pais, minha madrasta estava certa... Por mais perigoso que seja, se não fosse essa insatisfação e a sede de buscar algo mais, para se tornar a Elite, nossa raça já teria sido extinta...
"Somos um frágil organismo que atravessou o tempo e o espaço, protegido atrás das brilhantes soluções da inteligencia e da tecnologia, porém a cada passo aproximando-se de algo que nos poderiam destruir completamente. Por isso precisamos estar sempre nos preparando. -
Assim disse meu instrutor da academia de oficiais da esquadra Imperial.
Durante muitos anos, aquelas malditas criaturas se mantiveram longe. Depois da difícil Batalha de Asterope a humanidade ficou aprensiva e nós sabiamos que eles fariam uma investida. Mas agora que eles decidiram envadir nossos dominios, a resposta ao empenho de muitos bons pilotos está à nossa frente.
Minhas reservas são o suficiente para passar o resto da vida longe da civilização. Ou passar uma vida confortável em um belo planeta habitado.
Mas essa nunca foi a mimha ideia.
-Nem sei porquê estou sempre refletindo sobre essas coisas. Talvez esteja desesperada para entender como meus pais viveram, se foram felizes como eram e como suas pesquisas e descobertas os levaram ao um destino cruel de ante dos Thargoides.
-Na época os thargoides ainda eram considerados boatos e os registros de encontros com essas criaturas não eram claros.
"As vezes até penso que não estava lá quando meus pais morreram... que não tenho nada haver com isso"...
Mas eu estava lá...
Se realmente foi verdade tudo o que o Doutor Willian me contou.
----------------------------------------------------
"Filha de Pais humildes de arqui descendencia americana e japonesa, Yuri Walker Yamada nasceu a bordo da mega nave SAVE-H3 durante uma viagem de retorno após uma expedição de pesquisa nos setores da Nebulosa da Cabeça da Bruxa e do saco de carvão. Seus pais faziam parte de uma equipe de Cientistas do sistema Avalon, contratadas pela Marinha imperial sob a ordem da imperatriz Zenina Torval, para analisar vestigios alienigenas antigos, deixadas em rastros de interrupção de salto hiper-espacial, com a finalidade de descobrir a origem da espécie alienigena responsável pelas interdiçôes".
O encontro com os Thargoides
- Você era bem pequena Yuri, tinha apenas 3 meses de nascída. Você nasceu quando estavamos voltando das nebulosas da Cabeça da Bruxa e do Saco de Carvão. -Assim me contava o Doutor Willian, ex-aluno do meu pai.
-Com a ajuda de um equipamento especial de escaneamento, na época em fase de testes, a missão tinha como objetivo encontrar materiais digitais ou sólidos em rastros de interrupção de salto hiper-espacial que ocorreram anos atrás. A Mega Nave SAVE-H3 era uma maravilha da engenharia moderna.
Fabricada pela Saud Kruger, O Beluga Mega-Liner modelo 01 era um navio de passageiros de alto padrão, 25% maior que a atual Beluga Liner conhecida e com a aparência identica. Era bem confortável, tinha uma enorme janela na cabine de pilotagem que permitia uma visão panoramica a frente. Com adaptações feitas para acomodar e instrumentalizar uma equipe de pesquisa espacial e maior capacidade de passageiros.
Naquele momento a Mega nave mantinha uma super velocidade de cruzeiro de umas 90 vezes a velocidade da luz.
Havia muitos pesquisadores na nave, inclusive seus pais e eu. Estavamos nos preparando para dormir, pois havia chegado o nosso horário de descanso. Nós não faziamos ideia do perigo que estavamos correndo.
Estava descendo as escadas da área de observação trazeira da enorme nave. Era um lugar estratégico para ver a parte de baixo da nave por causa de uma grande tampa de vidro da qual podiamos caminhar por cima e checar os sensores. Eu gostava de passar lá uma vez por dia, sempre alguns minutos antes de dormir, para olhar o espaço e checar a posição dos rastreadores lá fora. Foi quando o velho Mike que também descia lá para fumar uma hora antes de mim, me chamou para perguntar se eu ja tinha visto aquilo...
Mike era um dos engenheiros mecânicos da tripulação, um profissional dedicado e cuidadoso, detalhista com tudo. Quando cheguei ele estava abaixado olhando fixamente para algo atravez do vidro a seus pés.
Um brilho pequeno entre os pontos luminosos das estrelas, muito distante eu não fazia ideia de quanto... Tinha duas cores que nós podiamos ver. Era meio roxo e azulado. Pareceia se mecher lentamente na escuridão do espaço. O brilho mudava um pouco de posição, estava sendo iluminado por algum corpo luminoso talvez ou tinha luz própria, mas estava longe demais para podermos ver o que era. Eu continuei observando enquanto o Mike foi verificar o radar. O velho disse que não havia leitura de calor e não dava para saber o tamanho daquilo. Quando o Mike olhou para mim viu que eu já estava deitado sobre o vidro com as duas mãos nas laterais dos meus olhos me esforçando para ver melhor o que era aquilo.
-Mike há quanto tempo está vendo isso?
-Faz vinte minutos que notei esse ponto, mas não sei desde quando está lá. -Disse o velho
-Tenho que ir lá para a frente da nave, espero que ainda tenha alguém acordado. Se esse brilho sumir ou mudar muito de posição me avise -Disse o doutor Julyo Willian.
-O que você pretende fazer? - Perguntou o velho Mike.
-Me esforcei para levantar esticando os braços contra o vidro no chão, depois corri para a escada e subi. Estava ansioso, com o pressentimento de que fariamos uma descoberta histórica.
- Willian passou por um enorme corredor e entrou por um grande salão do refeitório. Willian olhou para uma das janelas laterais enquanto corria.
- "vinte minutos" -Dizia ele...
O coração dele estava batendo mais forte, tanto por estar correndo quanto pela ansiedade que havia tomado conta aos poucos, por lembrar que eles possuiam material a bordo capaz de identificar o sinal.
Willian passou por mais dois corredores e desceu uma escada pequena, virou à direita quase batendo em um extintor de incêndio que estava pendurado na parede de aço.
O barulho dos passos apressados do Doutor Willian chamou a atenção de uma moça que limpava uma brilhante maquina de fazer café, mas ele nem percebeu que ela estava lá.
As luzes de mais um grande corredor acendiam na proporção da corrida do jovem cientista que ainda teve que passar pala ala que dava para os dormitorios. Ele virou mais uma esquerda e deu de cara com um senhor alto e magro, de cabelos grisalhos e barba preta. Willian levou as duas mãos a frente, tentou se equilibrar para desviar, mas não conseguiu e acabou esbarrando com o homem a sua frente, derrubando os dois ao mesmo tempo no piso revestido de madeira da ala dos dormitórios.
Willian encontrou-se com um dos Comandantes da Mega Nave, o pai de Yuri Walker Yamada. Doutor Stive Walker era Formado em astronomia e astofisica além de ser o professor do Doutor Willian na formação em engenharia de mecânica quântica. Ele estava usando um jaleco branco, contendo uma bandeira do sistema Avalon. Na parte de baixo do jaleco havia mamadeiras cheias de leite em cada um dos bolsos laterais. As mamadeiras cairam ao lado do Doutor Willian.
- O que foi que houve Willian por que está correndo? - Perguntou o Doutor Steve espantado.
-O Senhor não vai acreditar...
-Disse Willian agitado, o suor escorria pelo seu rosto, parecia que viu um fantasma. Tossiu e engoliu saliva quase se engasgando.
- Nós encontramos algo...
- Se eu estiver correto, o que acabamos de ver poderá ser detectado pelo sistema de radar especial.
- O que você está dizendo? O que você viu? - Perguntou surpreso o Doutor Stive.
- Acho que o que vi lá fora com o velho Mike não é apenas um rastro alienigena. - Disse Willian olhando fixamente para o Doutor Stive. -Willian ajudou o senhor Steve a levantar, pegando as mamadeiras.
- Tudo bem Willian, mantenha a calma e vá para a frente, comece a ligar o protótipo novamente, Eu preciso levar isto... - E tomou as mamadeiras das mãos de Willian. - Eu vou logo em seguida, está na hora da mamadeira da minha filha Yuri.
-Willian continuou fazendo o caminho para a frente da nave enquanto Doutor Stive foi para um quarto onde estava sua esposa e sua filha.
Ao entrar no quarto a pequena Yuri dormia profundamente em um becinho improvisado (com o lado de uma caixa de fibra que era usado para guardar equipamentos), ao lado de uma mesinha que ficava bem a abaixo de uma janela da qual podia-se ver as estrelas ao longe. Do lado oposto do berço uma cama de casal onde sua esposa Sakuya Yamada estava deitada, ainda acordada lendo um livro. Sakuya era mais nova que o Senhor Stive. De traços de descendencia japonesa, cabelos curtos pretos e olhos bem escuros, Ela também era cientista, especialista em analise de espectro eletro magnético.
- Pelo visto não cheguei a tempo não é Sakuya? Mas porque você não dormiu? - Perguntou Steve colocando as mamadeiras em uma pequena bolsa térmica.
- Eu estava quase, mas ouvi um barulho no corredor. O que houve? -Perguntou ela.
- Esta tudo bem, mas preciso ir lá na cabine e seria bom que você pudesse vir também... Willian disse que encontrou algo diferente.
- Mais um daqueles rastros? - Perguntou Sakuya em um ton de tédio, fechando o livro cinza com o nome Maxwel na capa.
- Eu ainda não sei, mas ele me disse que não era apenas um rastro. - Disse o Doutor Stive.
- Ok. Então vou deixar a câmera do quarto vigiando a Yuri pelo meu halograma de pulso (é um aparelho embutido em uma pulseira capaz de gerar imagens holograficas).
Stive e Sakuya seguiram para a cabine principal da nave para encontrar com William. Chegando lá viram que William já tinha instalado os equipamentos mas não havia ligado, ele estava falando no rádio com o velho Mike que ainda estava nos fundos da nave.
Sakuya foi em direção a um mesa formada por uma enorme tela circular que continha um radar, girando lentamente no sentido horário, mas não havia nehum ponto mostrado na tela.
- Como assim Mike? O ponto Sumiu? - Perguntou William apressado.
- Eu Não tenho certeza, pode ter saido da posição, não dá mais para ver daqui. - Disse Mike pelo outro lado do rádio.
- Ligue o equipamento William - Disse o senhor Stive asim que entrou na cabine junto com Sakuya. William ligou o equipamento e ouviu novamente o chamado do velho Mike pelo rádio.
- Pode falar Mike. O que foi agora? - Perguntou William.
- O ponto não havia sumido, ele mudou um pouco de posição, não dá para ver bem da posição que estamos. Peça para inclinar a nave 20 graus para a esquerda eu acho.
- O doutor Stive sentou-se em uma das cadeiras de pilotagem da nave e movendo levenmente o console fez a enorme nave inclinar um pouco. -O equipamento está pronto William? -Perguntou ele.
- Sakuya acionou o holograma em seu pulso para ver atravez da câmera se sua filha Yuri havia acordado. Yuri ainda dormia profundamente em seu berço ao lado de uma mesinha. Ao olhar para a janelinha acima da pequena mesa, Sakuya viu algo diferente e correu para mostrar o holograma ao Doutor Willian.
- De acordo com a posição daquelas estrelas não era para estarmos vendo esses três pontos. Foi isso que você viu Willian?
- Perguntou Sakuya surpresa.
- Sim foi isso mesmo... Mas agora parece mas brilhante que antes. - Disse Willian pensativo.
Doutor Stive saiu da cadeira rapidamente para ver o holograma nas mãos de Sakuya e depois correu de volta para sua cadeira e acionou uma pequena tala com um indicador da câmera trazeira. Ele inclinou novamente a nave para a posição anterior e viu surgir 3 pontos na pequena tela.
- Mike você está me ouvindo? Perguntou o Doutor Steve pelo rádio. - Acorde todos agora mesmo e diga-os para ficarem alertas. - Disse ele seriamente, sem tirar os olhos da pequena tela.
- O que está havendo Steve? - Perguntou Sakuya agora assustada.
- Comecei o rastreamento. - Falou Willian. - Estou tentando calcular a distância e o protótipo iniciou a analise da composição.
- O brilho se move mas não varia de intensidade luminosa há algum tempo! Parece estar se movendo na mesma velocidade que nós...
- O que você quer dizer Stive? - Perguntou Sakuya.
- Eu percebi que há algo incomum nesse sinal. Falou o Doutor Stive olhando de Willian para sua esposa. - Eu não quero acreditar nisso, mas acho que... - E fez uma pequena pausa. Estava ficando um pouco ansioso, nervoso.
- Estamos sendo seguidos, não sabemos há qunto tempo. Como se esse ponto fosse alguem ou alguma coisa apenas nos observando. - Falou o Doutor Stive quando as portas da enorme cabine se abriram e entraram três comandantes da nave: Artur, Norman, a senhora comandante Jessy e dois operadores da mega nave, os pilotos oficiais Matew e o Piloto da Federação, um Terráqueo Russo chamado Igorov.
- O que esta acontecendo? - Perguntou o senhor Norman.
- Ainda estamos analisando, mas há uma probabilidade de estarmos sendo seguidos por alguma coisa.
- Vocês não vão acreditar! O equipamento realmente funciona. Mesmo em super velocidade vamos poder identificar precisamente o sinal- Disse o Doutor Willian surpreso. E apertou alguns botões para por na tela holografica principal o que o radar especial havia detectado.
Durante alguns segundos houve um total silencio na sala. Todos se aproximaram lentamente da tela atonitos. A imagem diante deles era diferente de tudo que eles já haviam imaginando. Apesar do indicador do radar mostrar apenas pequenos pontos, a projeção atravez do escaner especial de uma figura com a proporção de uma nave grande surgiu na base holografica do aparelho. Tinha a forma de uma flor de lotus e possuia uma couraça menor girando lentamente no centro, não se sabia se era a parte da frente ou a de trás
- Mas o que é isso? - Perguntou Matew, um jovem piloto.
- Então aquelas histórias de naves estranhas?... - Disse Artur um velho comandante que ficou espantado.
- Então isso é um Tha... Thargoid? - Perguntou o doutor Willian levantando-se da cadeira onde estava os comandos do escaner.
- Estamos seguros? - Perguntou Jessey, uma Engenheira elétrica e também Comandante da nave que agora estava boqueaberta.
- Não sabemos. - Disse o Doutor Stive aproximando-se da sua esposa Sakuya. - Willian iniciar gravação e guardar os registros de composição.
- Doutor Stive. - Willian chamou. E todos olharam para ele ao mesmo tempo.
- São três... Os outros dois estão a apenas alguns quilômetros desse ai... Disse o doutor Willian agora parecendo pálido.
- Temos que sair daqui pessoal... permissão para aumentar a velocidade senhor. -Falou Igorov, um homem baixo de óculos de fundos de garrafa e um brasão de piloto Federal no bolso do jaleco.
- Sakuya olhou novamente para seu pulso e viu que sua filha Yuri havia se acordado. - Descupem, preciso ir ver minha filha, ela já deve estar com fome.- Sakuya olhou para Stive que apenas fez um gesto de cabeça e saiu apressadamente da sala em direção aos dormitorios.
- Devemos tentar saltar dessa região. Disse o comandante Norman.
- Isso levaria meia hora - Disse o comandante chefe da nave Artur.
- Não sabemos o que são ou o que querem. Além disso, o aumento da nossa energia poderia nos por em evidência maior para eles. - Disse o Doutor Stive.
- Vamos mudar o curso e aumentar a velocidade em degraus de 5c a cada 2 minutos. Vamos descobrir de uma vez se eles realmente estão nos seguindo. - Disse o Comandante Artur
- Fiquem alertas. Daqui pra frente não há como prever o que pode acontecer. -Falou alto o doutor Artur.
- Ok todos aos seus postos e preparem se para possíveis mudanças de protocolo. -Disse o Doutor Stive olhando firme para o espaço a frente através da panoramica canopla da mega nave, imaginando nas estrelas ao longe o rosto da sua pequena Yuri.
- Willian mantenha seus olhos na diferença de curso e velocidade indicadas no aparelho. Falou o Doutor Steve limpando os olhos.
- Jessey Contate com a estação Persephone imediatamente. Informe que temos companhia possivelmente hostil e Willian tente fazer a transmissão dos dados para o Império. Disse o comandante Nornan, um senhor barbudo de óculos de lentes grossas que estava de pé ao lado do comandante Artur, cochichando algo com ele e o Doutor Stive.
-Ok Aumentar a velocidade para 95C... Girar 8 graus a este bordo e preparem-se para o acionamento dos motores de salto hiper-espacial caso necessário. - Ordenou o comandante Artur.
- Vou verificar quais os sistemas habitados mais proximos na tragetoria que estamos tomando. Disse a comandante Jessey.
A nave iniciou a mudança de curso aumentando levemente a valocidade. Sakuya já estava no quarto com a pequena Yuri nos braços alimentando-lhe enquanto olhava da janela a nave mudar aos poucos de direção fazendo sumir os pequenos e estranhos pontos que ela havia visto. Sakuya respirou fundo e olhou nos olhos da filha.
- Você conhecerá a nossa casa minha filha.
... eu prometo...
- Aumentando novamente a velocidade... Disse Matew para Igorov um ao lado do outro olhando fixamente os comandos de pilotagem a sua frente.
Seguindo a ordem do comandante Artur, continuaram mudando a velocidade a cada dois minutos.
- Doutor Stive, o senhor estava certo!! - Gritou Willian. - A velocidade deles está mudando conforme aceleramos e eles estão acelerando também, mantendo sempre exatos 1985 segundos luz de nós.
- O Império já foi informado da nossa situação. E enviou a mensagem que vou por na tela. - Disse a comandante Jessey enviando a mensagem para a tela principal.
"Fomos informados da sua situação e já enviamos um alerta para o sistema civilizado mais próximo de sua localização, o sistema Federal Evangelis. Estamos buscando autorização de entrada no sistema e abrigo emergencial já que a expedição é em parceria com a Federação. Assim que obtermos a autorização do sistema avisaremos imediatamente".
- Se iniciarmos o salto não sabemos se eles poderão se aproximar de nós. - Disse Willian.
- Verdade, por isso teremos que nos distanciar um pouco mais e torcer para que ele não venham. - Disse o senhor Norman.
- Então Vamos mudar agora nosso padrão. Aumentar velocidade para 30 degraus. Acionen o alarme, suspender serviços não prioritareios disse o comandante Artur.
- Certo. Se essa é a decisão vamos sair logo desse lugar. - Falou o comandante Steve.
A mega nave SAVE-H3 era muito robusta e segura, sua tripulação já havia feito expedição a lugares mais distantes do sistema Sol mas, sua tripulação nunca havia passado por nenhuma a situação arriscada antes.
Senhor Estive correu para o dormitorio e encontrou com sua esposa e sua filha Yuri. Ele parecia nervoso e tinha um mal pressentimento.
- Nós consideramos os riscos Steve. - Disse sua esposa Sakuya ao ve-lo como nunca antes preocupado.
- Manter uma velocidade com exatidão mesmo se nós acelerarmos... Eles podem ser mais inteligentes que nós. - Pensou o Senhor Stive.
- Mas o que eles querem de nós?... - Pensou ele.
- Sakuya nós vamos iniciar uma manobra arriscada. Quando eu voltar para lá quero que vá para a cápsula de sobrevivência com Yuri e entre assim que ouvir o toque de evacuação ok?
-Sakuya com os olhos cheios de lagrimas tocou o rosto do seu marido e falou:
- Prometa pra mim que vamos nos salvar...
- Sim. Eu prometo que nós vamos nos salvar.- E beijou sua esposa e sua filha Yuri, depois saiu do dormitorio correndo e voltou para a frente da nave.
Enquanto isso na sala principal, um problema pior pegou todos de surpresa.
- Não pode ser!!! Gritou o piloto Imperial Matew assustado agora ainda mais, apontando para o enorme radar à frente de todos. Um sinal de alerta de colisão no painel de instrimentos a frente de Matew começou a piscar constantemente.
- Você está vendo aquilo Willian? Falou o Doutor Normam.
- Tem um deles a frente. Bem na nossa frente!!! -Gritou o doutor Artur.
- Meu Deus!!! Este não é igual aos outros, é bem maior!!! -Falou gaguejando Willian enquato via por cima dos ombros o Doutor Stive surgir no corredor, correndo como nunca para chegar a cabine.
- Como isso chegou tão rápido, 100Sl a nossa frente? -Perguntou Norman nervoso.
-Qual o tempo estimado para aproximação? -Perguntou o Doutor Artur.
-Aqui diz vinte minutos senhor. -Respondeu Matew rapidamente.
-Sobrecarregue o reator imediatamente, preparar salto para o sistema Evangelis, Velocidade total agora!!!. - Gritou o Doutor Stive apressadamente passando pela entrada da cabine.
-Isso poderá explodir a nave! -Falou Artur enquanto tossia um pouco.
-Mas isso nos dará um tempo de apenas um terço para preparar o salto. -Falou o piloto Igorov.
-Não temos escolha. Vamos para cima daquela coisa como um rato faria se estivesse encurralado. -Falou o Doutor Norman.
-Tentem desviar a nave para a direita, se tivermos sorte ele desviará e nós teremos o tempo necessario para o salto. -Disse Artur
- Soar alarme em todos os setores agora mesmo. Mandar todos para area de emergência... Vão para suas capsulas de fuga. - Gritou Normam.
-Você tambem Steve!!! Vá para sua familia, nós assumiremos. - Disse Norman enchugando o seu rosto barbudo com um lenço verde.
-Artur, Jessey, Matew e Igorov vão embora eu assumo daqui... -Falou mais uma vez o Norman.
- Não!!! Gritou Stive. -Eu vou tirar agente daqui... E puxou Willian pelo braço tirando-lhe do seu assento.
Willian puxou a tempo um cartão contendo os dados coletados da pesquisa e quase caindo, tropeçando nos próprios pés, saiu correndo.
-Não podemos fazer nada... Isso não é uma nave de combate. -Disse Jessey desorientada.
- Não vou sair do meu posto Doutores. -Gritou alto o piloto Igorov, puchou a manete da nave para a direita bruscamente e empurrando mais ainda o truster principal da nave aumentou totalmente a velocidade.
- Eu fui contratado como piloto. Você é jovem Matew e tem uma carreira brilhante, vá embora com os outros.
Jessey, Artur, Willian e Matew correram para as cápsulas de fuga. No caminho Matew e Willian viram o senhor Mike parado olhando para as janelas do corredor. -Vamos embora Mike!!! -Gritou Willian.
-Já mandei todos evacuarem, mas eu sou o mecânico dessa nave. Se ela se for, eu irei com ela!!! - Falou calmamente o velho Mike enquanto acendia um charuto.
A enorme nave roncou estranhamente e inclinou como uma baleia gigante toda sua massa para para a direita. Lógo a frente, uma forma estranha como um girassol gigante de petalas verdes e amarelas os esperava-lhes imovel no espaço vazio.
-Onde está você Stive? Por favor entre em uma cápsula. -Pensava Sakuya de olhos banhados em lágrimas, abraçada a sua filha Yuri dentro da capsula de escape.
-Jessey havia caido faltando dois metros de sua cápsula, mas foi ajudada por Matew que conseguiu colocar ela a tempo de entrar numa cápsula, ao mesmo tempo que o jovem Doutor Willian.
- Não havia mas tempo para nada. Nem para pensar em nossos progresso ou nosso fracasso. Eu estava desesperado. Apenas queria viver depois daquilo. Minha viagem para concluir a pesquisa do escaner Anti Xeno não poderá ter sido em vão. -Pensou Willian.
Steve, Norman e Igorov apertaram os cintos. Começavam a ver brilhar ainda mais a coisa a frente deles.
-Um minuto para a colisão -Falou nervoso o velho Norman.
Olhando pela janela lateral o, brilho se aproximava como um fantasma. A nave balançava e estalos cada vez mais altos surgiam.
-FSD carregado. - Gritou o descendente Russo Igorov.
-Só mais um pouco. -Pensou Steve.
-Cinco, Quatro...
-Vamos conseguir. -Gritou ainda mais alto Norman.
A nave começou a balançar bruscamente tudo a frente deles ficou embassado e um brilho circular atordoante surgia em volta de raios e estalos, fazendo desaparecer da frente deles o estranho objeto que os aguardava.
Três, Dois , Um...
Um turbilhão envolveu toda a nave. O ruido parecia com o de caldeiras fervendo em uma fabrica. As estrelas agora passando por eles em uma velocidade incrível eram como lanças perfurando os olhares assustados dos tripulantes na cabanie. Cores diversas surgian no que lhes parecia ser massas estelares e pueira cósmica que ofuscava as paredes metalicas da nave.
Um pequeno ponto brilhante surgiu no meio da tela sinalizando a estrela do sistema de destino. Quando de repente:
A nave girou rolando bruscamente sob seu proprio eixo horizontal. Um forte estrondo bradou de uma ponta a outra da nave. Varios objetos cairam e um sinal de chamas na area de carga apareceu na tela. A Beluga agora pairava imovel no meio do espaço. Dentro da nave as luzes piscaram tres vezes, depois toda iluminação dos paineis e a iluminação da nave desapareceu completamente.
Um escuro e um silencio absoluto tomou conta do ambiente, como se não houvesse diferença em estar do lado de fora ou dentro da nave.
- Conseguimos? Falou Igorov baixo o suficiente.
- Norman olhou de um lado para o outro, de cima para baixo mas não viu nada.
-Todos os controles estão fora do ar. -Disse Igorov.
-Steve tirou seu cinto, levantou-se, caminhou lentamente até o vidro da canopla da nave e se assustou com o que viu.
-Meu Deus. É enorne e está embaixo de nós.
- Uma feixe luz amarelada surgiu do centro da coisa e percorreu a nave de uma ponta a outra. Um forte barulho extremamente grave como a buzina de velho navio maritimo ecoou e uma mancha esverdeada apareceu na frente da nave revelando mais uma criatura com mesma estrutura fisica, porém com a cor azul e rocha.
A iluminação da nave começou a piscar e os paineis voltaram a funcionar, quando um estrondo veio da parte de baixo. A nave balançou e de repente a criatrura que estava a frente disparou uma rajada de projeteis que parecia com tiros de metralhadora, porem de um grosso calibre. O vidro da canopla começou a trincar e estalos maiores foram ouvidos na parte de cima da nave.
Igorov ainda sentado, moveu o propulsor da nave e puchou a manete para baixo apontando o bico da nave para cima, acelerou e mais um estrondo surgiu abrindo um enorme buraco na parte de baixo. Neste nomento Steve e Norman correram para a parte do meio da nave mas era tarde demais...
A pressão interna da cabine arremessou o doutor Norman para a fora bruscamente, quando mais disparos atingiram o vidro da canopla da nave agora vindo de cima, acertando o corpo de Igorov que morreu diante do Doutor Stive. Steve correu desesperado e acionou um botão que fechou manualmente a cabine de pilotagem isolando o buraco e no corredor abriu um painel com uma grande chave vermelha. Steve acionou a chave ejetando duas duzias de capsulas de resgate ocupadas para longe dalí uns dez quilômetros. A nave balançou após uma forte pancada e girou lentamente. Steve caiu mas levantou em seguida, olhou da janela do corredor apavorado e podia ver os monstros lá fora.
Milhares de objetos pequenos e estranhos sairam da parte de trás do monstro esverdeado, rodearam a nave disparando misseis que pareciam ser bombas de ácido e seguiram tambem em direção as capsulas de escape. Os monstros dispararam destruindo algumas das cápsulas e Steve Gritou, desceu uma grande escadaria, passando por um incendio que ocorreu na area do gerador de energia da nave, entrou em uma cápsula de resgate mas antes que conseguisse fechar a escotilha a nave foi atingida violentamente e um clarão varreu a nave explodindo-a em milhares de destroços.
Os destroços voaram por dezenas de quilômetros e se confundiam com as cápsulas de resgate que vagaram pelo espaço...
Os Thargoides foram embora e por dias as capsulas destuidas e intactas pernanceram alí, a deriva nas proximidades da estrela Evangelis, até surgir a primeira nave de resgate de um jovem Tenente da marinha Imperial...
<continua>